No Estado, nenhuma instituição de ensino obteve a nota máxima nem a nota mínima: o resultado entre as faculdades avaliadas variou entre 2 e 4.
Trinta
e nove faculdades particulares da Bahia obtiveram desempenho “insuficiente” na
avaliação do Ministério da Educação (MEC), o que corresponde a 36% das 108
instituições avaliadas pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade)
em 2011. As 39 unidades de ensino superior cravaram conceito 2. Entre as
instituições baianas, as universidades públicas foram as que majoritariamente
atingiram melhores notas.
As Universidades Federais da Bahia (Ufba), do
Recôncavo Baiano (UFRB) e a Estadual Santa Cruz (Uesc) obtiveram nota
4. Apenas duas particulares conseguiram o mesmo resultado: a União
Metropolitana de Educação e Cultura (Unime), em Lauro de Freitas, e Faculdade
de Ciências Humanas e Sociais, no município de Paripiranga. No estado, nenhuma
instituição de ensino obteve a nota máxima nem a nota mínima.
Para o presidente
da Associação Baiana de Mantenedoras do Ensino Superior (Abames), Carlos Joel
Pereira, o Enade não é a melhor forma para avaliar a qualidade das
instituições. "A prova do Enade é subjetiva. Além disso, esse exame é
feito por estudantes, e muitos deles não têm o menor comprometimento com a
prova. Muitos, apenas assinam o nome e entregam a prova sem ler", afirmou
em entrevista ao A Tarde. Para Joel, os estudantes que procuram uma
faculdade não devem utilizar o Enade como critério de escolha. "As notas
de avaliação do MEC, sim, são importantes, pois são dadas a partir de uma
visita in loco, na qual é possível avaliar de forma completa", disse.
Já
na opinião do especialista em educação, Basilon Carvalho, o baixo rendimento
das instituições particulares se deve, principalmente, a forma como o ensino é
passado dentro da sala de aula. "As faculdades particulares estão cada vez
mais técnicas. É preciso oferecer ao aluno um olhar crítico, pois é isso que o
Enade avalia, a partir das questões abertas", opinou.
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